Bio

(ENG)
THE YELLOW JACKETS
A passionate couple who photographs forgotten places, always with their meaningful yellow jackets!
The love for what's left behind brought Ivy and Athon together, who already photographed abandoned places before they met.
With an academic background in photography and design, the duo has been working with several brands and mentored masterclasses of creative photography.
Always wearing their yellow coats, the artists portray and document the passage of time through places that are forgotten.
The interest in this concept led them to discover entire villages completely abandoned, as well as historic properties in busy urban centers.
In their portfolio there are photographs of factories, power plants and mines, prisons, palaces and shopping centers. But also cinemas and theaters, theme parks, libraries, laboratories, churches, castles, military installations and even hospitals, morgues and cemeteries...
The project "The Yellow Jackets" aims to show these places that the majority of the population doesn't have access to, calling for the preservation of the built heritage that still remains.
Initially, the couple started by wearing a yellow coat that belonged to Athon's father, who also used it to explore. They were immediately fascinated by the contrast that it created in abandoned places, typically sad, gloomy and lifeless. Yellow gave them, somehow, a new life!
The creatives quickly felt that their records were incomplete and that it would be fun to have two yellow jackets, so that both could be physically represented in the same photograph.
By "the irony of fate" they found another coat, in very poor condition. They restored it and began to wear it too.
Furthermore, yellow refers to light - the essence of photography, it is an extremely creative, warm and joyful color in itself. The authors also associate this color to overcoming difficulties, a feeling of happiness and achievement for being able to enter risky places, without knowing in advance what they are going to find.
The project they created is today more than an artistic bet, it ends up being also like a small diary, where they keep the memories of every adventure together and from each of these magical places that seem to come out of the imagination. "These places make us travel within them and within ourselves!" - They say.
To reach these buildings, the couple travels together the most difficult paths... They risk their lives every day for the peculiar passion they have in common... And they want the people who follow their work to feel the same - that they can do it too: get out of the comfort zone and go explore the world, believing in love and friendship.
This project also allows us to perceive the amount of cultural properties with a high heritage value, full of history and stories, which are abandoned and completely neglected. 
These properties are part of our own history as a community, they keep a bit of each one of us in their walls and ceilings.
While still standing...
"In ten years how many of these buildings will there be? How many will retain their original design and interiors? How many will remain to tell their memories? Most end up giving in to the passage of time, weather, economy, interests, people... Most end up collapsing, closing and burying its tales with blocks of tiles, cement and broken bricks." - tell the artists.
"The Yellow Jackets" project tries to keep these places eternal, in all the photographs they took and in the memories they create in each of them.



(PT)
The Yellow Jackets – casal de fotógrafos portugueses dá vida a locais
abandonados
O gosto pelo que fica do que um dia foi aproximou Ivy e Athon, que já fotografavam
locais abandonados antes de se conhecerem.
Com formação em design e fotografia, o casal tem trabalhado com diversas marcas e leccionado Masterclasses de fotografia criativa
.
Os dois criativos apaixonaram-se e, juntos, criaram um projecto que nasceu com a
espontaneidade característica das paixões.
O interesse por este conceito levou-os a descobrir aldeias inteiras completamente
abandonadas, e outras que para lá caminham, bem como imóveis históricos em
ruas movimentadas de grandes centros urbanos.
Sempre com os casacos amarelos vestidos, os artistas retratam e documentam a
passagem do tempo por locais que se encontram ao esquecimento.
Mas, além disso, criam imagens memoráveis e dinâmicas, recorrendo apenas a
lanternas e aos já famosos casacos.
Já visitaram o país de norte a sul e viajaram pela Europa, sempre na procura
incessante dos melhores locais. Agora pretendem conquistar o mundo!
No seu portfólio há fotografias em fábricas, centrais elétricas, e minas, em prisões,
palácios e centros comerciais. Mas também em hospitais e morgues, cinemas e
teatros, bibliotecas, laboratórios, igrejas, castelos, instalações militares e ainda em
sanatórios, cemitérios, parques temáticos, entre muitos outros...
O projecto "The Yellow Jackets" pretende dar a conhecer estes locais que a maioria
da população conhece, mas ao mesmo tempo desconhece, apelando à preservação
do património edificado que ainda resta.
Inicialmente, o casal começou por utilizar um casaco amarelo que pertencia ao pai
do Athon, que também o usava para explorar. Ficaram, de imediato, fascinados com
o contraste que o casaco criava nos locais abandonados, tipicamente tristes,
sombrios e sem vida. O amarelo dava-lhes, de certa forma, uma nova vida.
Rapidamente sentiram que os seus registos estavam incompletos e que seria
engraçado terem dois casacos amarelos, para que ambos pudessem estar
representados fisicamente na mesma fotografia. Por "ironia do destino" encontraram
um outro casaco amarelo, em muito mau estado, restauraram-no e começaram a
usá-lo também.
Os casacos que usam têm, por isso, uma simbologia muito especial.
Para além disso, o amarelo remete à luz - a essência da fotografia - , é uma cor
extremamente criativa, quente e alegre por si mesma. Os autores também associam
esta cor à superação das dificuldades, sensação de felicidade e conquista por
conseguirem entrar em sítios arriscados, sem saber de antemão o que é que vão
encontrar, e de ver coisas a que a maioria das pessoas não têm acesso.
O projecto que criaram é hoje mais do que uma aposta artística, acaba por ser
também como que um pequeno diário, onde guardam as memórias de cada
aventura juntos e de cada um destes locais mágicos que parecem saídos do
imaginário.
"Estes lugares fazem-nos viajar dentro deles e de nós próprios." - dizem os artistas.
Para chegar a estes edifícios, os dois percorrem juntos os caminhos mais difíceis...
Entram em sítios esquecidos onde ainda ninguém voltou a entrar... Arriscam a vida
todos os dias pela paixão peculiar que têm em conjunto e querem que as pessoas
que seguem o seu trabalho sintam que também o podem e devem fazer: sair da
rotina e partir à descoberta, acreditando no amor e na amizade.
O projecto dos casacos amarelos, os amarelinhos como são carinhosamente
tratados, permite ainda perceber a quantidade de imóveis de cariz cultural e de alto
valor patrimonial, carregados de História e de histórias, que se encontram ao
abandono e completamente desprezados. Imóveis esses que fazem parte da nossa
própria história enquanto comunidade, que guardam nas suas paredes e tetos um
bocadinho de cada um de nós.
Enquanto se mantêm de pé...
Em dez anos quantos destes edifícios existirão? Quantos conservarão a sua traça
original e os seus interiores? Quantos irão manter-se e ficar para “contar” as suas
recordações? A maioria acaba por ceder à passagem do tempo, das intempéries, da
economia, dos interesses, das pessoas... A maioria acaba por ruir, encerrando e
enterrando os seus contos com blocos de telhas, cimento e tijolos partidos.
O projecto "The Yellow Jackets" tenta manter "de pé" estes edifícios, eternizando-os
em fotografias e registos criativos e nas memórias que vão criando em casa um deles.